terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Natal na BE

O Natal está a chegar a galope.
Já temos muitas cartas para o Pai Natal prontas para serem enviadas para o Polo Norte.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Coroa de Natal

Sabias que...

  O uso de coroas como decoração é um costume antigo. Os romanos usavam ramos verdes que enrolavam nas suas coroas. Também exibiam coroas de ramos verdes nas suas portas como sinal de saúde para todos os que l
á habitavam.

A coroa de Natal carateriza-se por ser feita de galhos verdes entrelaçados, de cipreste ou abeto, que representam a vida. Os seus galhos verdes, mesmo no inverno, significa que os cristãos devem manter a fé e a esperança, apesar de todas as contrariedades.

A coroa de Natal forma um círculo que representa a união existente entre Deus e os Homens, símbolo contínuo e eterno de amor a Deus e ao próximo e Dele pelos Homens.

Tradicionalmente, é decorada com quatro velas que representam as quatro semanas do Advento. As velas são acesas, uma a uma, a cada domingo, até estarem todas acesas. As velas indicam a proximidade do nascimento de Jesus, o Salvador, que trará luz ao mundo. Representam também a fé, a celebração e a alegria pelo Seu nascimento. A primeira vela a ser acesa representa o perdão que Deus concedeu a Adão e Eva; a segunda vela representa a fé de Abraão, a quem se anunciou a terra prometida; a terceira vela recorda a alegria do rei David quando Deus prometeu eterna aliança; a quarta e última vela lembra os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a vinda do Salvador. Normalmente, as cores das velas acompanham as cores das vestes litúrgicas do sacerdote nesta época (cor roxa para as velas que correspondem ao primeiro, segundo e quarto domingo, e a cor rosa para a vela do terceiro domingo).

A colocação da fita e do laço vermelho, envolvendo a grinalda, simbolizam o amor de Deus por todos nós, renascido pela vinda de Jesus.

As bolas, frutas ou pinhas que se podem colocar na coroa representam o fruto do Espírito Santo que sai dos corações de cada cristão.

A colocação da coroa de Natal numa casa representa a presença de Jesus nesse lar. É costume ser posta na porta de entrada, mas pode também pode ser colocada dentro de casa.
 
 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"A verdadeira história do Pai Natal", por Colette Seigue

 

 
As ruas da cidade estão enfeitadas com iluminações coloridas. Há tantas luzinhas! Parece que todas as estrelas do céu caíram e ficaram presas nas janelas… O Gonçalo sonha… Enquanto olha pela vidraça para a neve branca e leve.
Esta noite o Pai Natal vai passar!
Vem então aninhar-se nos braços da sua mãe. Tem tantas coisas para lhe perguntar…
— Mãe, onde mora o Pai Natal? O que é que ele faz durante todo o ano, enquanto espera pela época do Natal? E como é que ele me vai trazer os brinquedos que eu pedi?
— Vá lá, tem calma, diz-lhe a mãe. Se quiseres levo-te ao país do Pai Natal! Vou contar-te a verdadeira história do pai Natal…
O Pai Natal vive numa casinha muito pequena que fica no meio da neve e dos glaciares, longe, muito longe daqui. Está tão bem escondida entre os pinheiros, que ninguém consegue vê-la. É uma casinha muito quentinha e muito acolhedora porque o Pai Natal é muito sensível… Mas, nunca lá entrou ninguém! Ele é um velhinho bondoso, mas não gosta de curiosos…
— Mãe, se eu pudesse espreitar pela janela, achas que conseguia ver o piano elétrico que pedi?
— Oh! não. Irias perturbar o Pai Natal: na sua oficina, diante da velha banca de trabalho, com as ferramentas, que continuam sempre novas, ele fabrica os brinquedos para todas as crianças do mundo. Ele aplaina, corta, martela, cola, pinta… Ah! Ele tem muito trabalho!…
Mas o Pai Natal acaba de olhar para o calendário…
“Como? Hoje é dia 24 de Dezembro? Já?” Há um ano que ele trabalha, todos os dias, para que os brinquedos de todas as crianças do mundo estejam prontos. “Rápido, o meu cesto! Mas o meu casaco está cheio de pó e as minhas botas precisam de ser engraxadas… Ah! Ai Ai! Não tenho tempo…”
Com uma escovadela, a poeira desaparece e o casaco fica novamente bem vermelho, a gola recupera a cor da neve e as botas brilham como um espelho.
A porta abre-se ruidosamente com um golpe de um casco.
“Temos fome!”, gritam “Stem” e “Schuss”, as duas renas do Pai Natal, as duas únicas renas do mundo que sabem falar.
“Não me esqueci de vós! Tenham um pouco de paciência, as duas… Tenho de calçar as botas”, resmunga o Pai Natal.
O Pai Natal tem bastante dificuldade em calçar as suas botas. Há um ano que não o fazia e os seus pés já não estavam habituados a um espaço tão estreito… Mas, por fim lá consegue! Lá vai ele ter de sair da sua casinha… ela é tão quentinha e tão acolhedora! E lá fora, naquele grande frio glacial, a neve é tão espessa! E ainda por cima é preciso levar aqueles embrulhos todos… Há tantos e o cabaz é tão pesado!
— O que é um cabaz?, pergunta o Gonçalo.
— É um grande cesto em vime onde o Pai Natal leva todos os brinquedos. Para caminhar, ele põe-no às costas. Vês como o cesto vai carregado!
Apesar da neve espessa e do frio, “Stem” e “Schuss” estão radiantes: é noite de Natal! Elas vão ter a mais bela saída do ano. O Pai Natal prepara-as com todo o cuidado. E, enquanto as atrela, acaricia-as com suavidade. Depois, carrega o seu trenó mágico com embrulhos multicolores que nunca mais acabam! Será que já estão todos? “Não me posso esquecer de ninguém! Não poderemos voltar para trás, porque esta noite vamos estar muito longe!”, diz ele às suas renas.
— Diz-me, mãe, ele vai passar por nossa casa?
— Claro! O Pai Natal não se esquece de ninguém…
Chegou a hora da partida! O Pai Natal comanda as suas renas. “Juntas, juntinhas, voai, voai, minhas queridinhas!” E logo o trenó sobe em direção às estrelas.
Um último olhar para a sua pequena casinha, para verificar se as luzes estão apagadas, e aí vão eles pelo céu escuro… Ao longe, o trenó luminoso parece-se com uma estrela cadente que tilinta como uma campainha: “Tlintlim! Tlintlim!”. O Pai Natal também está muito contente. Por isso canta a canção de Natal que ensinou a “Stem” e a “Schuss”, as duas únicas renas do mundo que sabem cantar. É uma canção tão bonita que embala a Lua e afasta as nuvens…
— Oh! mãe, parece que estou a ouvir…
Depois de uma viagem muito, muito longa, o trenó chega à cidade adormecida e fica a pairar por cima dela. De repente, para, como por encanto, ao lado do telhado de uma grande casa. “Stem” e “Schuss” também sabem fazer alguns truques de magia! O Pai Natal olha para a casa silenciosa. É preciso que todas as luzes estejam apagadas! Então, carregando o seu cesto, ele entra na chaminé! Mas resmunga um pouco…
“Ui! Ou a minha barriga está muito grande, ou este ano as chaminés estão demasiado estreitas! Vamos lá a uma escorregadela por aqui abaixo!”
— E eu escondia-me e ficava muito quieto a ver o Pai Natal, diz o Gonçalo!
— Oh não! Ouvi dizer que ele não distribui brinquedos aos meninos que não estão a dormir…
Está bem escuro dentro de uma chaminé! Felizmente o pinheiro tem muitas luzinhas acesas. Senão como é que o Pai Natal descobriria o caminho?
“Ora vejamos! Não me posso enganar. A Carolina pediu-me uma casinha de bonecas e o Paulo um robô. Hum!… E a Camila, a bebé da casa, já não me lembro… Ora vamos lá a ver a carta com os pedidos… É isso: um ursinho de peluche! E ainda um osso com música para Piloto, o cãozinho…” E assim, durante toda a noite, o Pai Natal passa pelas casas de todas as crianças do mundo.
Sabias que há crianças que põem duas cenouras junto à chaminé para “Stem” e para “Schuss”, as renas do Pai Natal?
O Pai Natal terminou a sua viagem. “Adeus, meninos e meninas! O dia está a começar: temos de voltar para casa! “Juntas, juntinhas, voai, voai, minhas queridinhas!” E o trenó do Pai Natal eleva-se no ar com suavidade. Atrás dele, uma grande nuvem cor-de-rosa esconde-o até a cidade ficar bem longe. As crianças estão quase a acordar e o Pai Natal não se quer mostrar. Ele ainda tem uma longa viagem a fazer até à sua pequena casinha, longe, longe, muito longe daqui.
— Como eu gostaria de andar naquele trenó, diz o Gonçalo, a sonhar…
Depois da sua longa, longa viagem de regresso, o Pai Natal chega finalmente a casa. Deixa-se escorregar com prazer sobre a poltrona. Está tão cansado que nem descalçou uma das botas… Mas sorri, muito feliz. Ele sonha com a alegria de todas as crianças do mundo que, agora, rasgam os papéis dos embrulhos para descobrirem os seus brinquedos!
“Acho que não me esqueci de ninguém…”
“Stem” e “Schuss” estão um bocadinho tristes. Elas olham para o cesto vazio com alguma pena… Mas também estão muito orgulhosas por terem galopado tão bem por entre as estrelas. E que elas conhecem perfeitamente todos os caminhos do céu…
— Mãe, será que eu posso pôr duas cenouras perto da chaminé?, pergunta o Gonçalo a suspirar.
Chegou a noite de Natal…
O Gonçalo pôs os seus sapatos junto à chaminé e deixou uma pequena vela acesa perto do pinheiro. O Pai Natal precisa de luz para ler a carta com os seus pedidos… Para que não se esqueça de nada!
 
Querido Pai Natal,
 
Gostaria de ter uma bicicleta de montanha para subir e descer as colinas, e aquele livro que vi na biblioteca, e um piano, e uma caixa confortável para que o meu ratinho branco fique bem quentinho quando chove.
                                                                                         Obrigado, Pai Natal!
                                                                                                  Gonçalo
 
O Gonçalo sonha… Que história! E como esta é uma história verdadeira, deve ser um verdadeiro Pai Natal…
 
Colette Seigue; Téo Puebla
A verdadeira história do Pai Natal
Porto, Porto Editora, 1995
Adaptado
 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O LEITOR do mês

A história do Pai Natal

O Pai Natal é associado à ideia de um homem já com uma certa idade, gorducho, de faces rosadas, com uma grande barba branca, que veste um fato vermelho e que conduz um trenó puxado por renas que conseguem voar mesmo não tendo asas. Segundo a lenda, na noite de Natal este simpático senhor visita todas as casas, desce pela chaminé e deixa presentes a todas as crianças que se comportaram bem durante todo o ano.

 A personagem do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau e a ideia de um velhinho de barba branca num trenó puxado por renas (o mesmo transporte que é usado na Escandinávia) foi introduzida por Clement Clark More, um ministro episcopal,  num poema intitulado de "An account of a visit from Saint Nicolas" (tradução: Um relato da visita de S. Nicolau)  que começava de seguinte modo “'The night before Christmas” (que em português significa "Na noite antes do Natal"), em 1822. More escreveu este poema para as suas filhas e hesitou em publicá-lo porque achou que dava uma imagem frívola do Pai Natal. Contudo, uma senhora, Harriet Butler, teve acesso ao poema através do filho de More e decidiu levá-lo ao editor do jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, o qual publicou o poema no Natal do ano seguinte em 1823. A partir daí, vários jornais e revistas publicaram o poema, mas sempre sem se mencionar o seu autor. Só em 1844, é que More reclamou a autoria do poema!

 O primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly” no ano de 1866. Assim, a criação da imagem atual do Pai Natal não é da autoria da Coca-Cola, como muitos pensam.


 As raízes da história do Pai Natal remontam ao folclore europeu e influenciaram as celebrações do Natal por todo o mundo.
A figura do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau, padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças.
A única coisa que se sabe com certeza sobre a vida de S. Nicolau é que este foi bispo de Mira na Lícia, que se situa no sudoeste da Ásia Menor, no século IV d.C.

Antes de estar relacionado com as tradições e lendas de Natal, S. Nicolau era conhecido por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres.
Pode-se duvidar da autenticidade de muitas das histórias relacionadas com S. Nicolau, mas mesmo assim a lenda espalhou-se por toda a Europa e a sua figura ficou associada a um distribuidor de presentes. Os símbolos de S. Nicolau são três bolas de ouro. Diz a lenda que numa ocasião ele salvou da prostituição três filhas de um homem pobre ao oferecer-lhes, em três ocasiões diferentes, um saco de ouro; uma outra lenda é que depois da sua morte salvou três oficiais da morte aparecendo-lhes, para isso, em sonhos.

O dia de S. Nicolau era originalmente celebrado no dia 6 de Dezembro, sendo este o dia em que se recebiam os presentes. Contudo, depois da reforma, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção a ChristKindl, ou seja, ao Menino Jesus, transformando-o no “distribuidor” de presentes e transferindo a entrega de presentes para a Sua festa a 25 de Dezembro. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, esta ficou colocada no próprio dia de Natal. Assim, o dia 25 de Dezembro passou a englobar o Natal e o dia de S. Nicolau. Contudo, em 1969, devido à vida do santo estar escassamente documentada, o Papa Paulo VI ordenou que a festa de S. Nicolau fosse retirada do Calendário Oficial Católico Romano.

Mesmo assim, todos os anos, na época de Natal, em muitas partes do mundo, anúncios, cartões de boas festas, decorações sazonais e a presença de pessoas vestidas de Pai Natal documentam a moderna lenda do Santa Claus (contração de Santus Nicholaus). Crianças de todo o Mundo escrevem cartas ao Pai Natal, nas quais dizem quais são os seus desejos, e, na noite de Natal, algumas deixam-lhe comida e bebida para uma rápida merenda.


Como já foi dito anteriormente pode duvidar-se da autenticidade de algumas das histórias relacionadas com S. Nicolau.
Ele viveu em Mira na Lícia, no sudoeste da Ásia Menor (onde hoje se situa a Turquia). Filho de Eipifânio e Joana, devotos cristãos, que lhe deram o nome de Nicolau que significa “pessoa virtuosa”, este nasceu em 350 d.C., em Patara, uma cidade com um porto movimentado.

Nicolau pertencia a uma família abastada e, segundo a lenda, cedo deu sinais da sua bondade. Uma das histórias mais conhecidas sobre a sua generosidade relata que, ao saber que na sua cidade um homem bastante pobre estava decidido a encaminhar as suas três filhas para a prostituição, já que não tinha dinheiro para lhes dar um dote, Nicolau decidiu deixar às escondidas um saco cheio de ouro para a filha mais velha, já que esta estava em idade de casar e logo era a que necessitava mais do dote. Nicolau repetiu o ato por mais duas vezes, ou seja, sempre que uma das filhas atingia a idade para casar. Segundo a mesma lenda, Nicolau colocava o saco dentro da casa pela chaminé, onde secavam algumas meias (daí o hábito das crianças, em alguns países, deixarem meias na chaminé à espera dos presentes).
Os pais de Nicolau morreram cedo. Então, por recomendação de um tio, que o aconselhou a ir visitar a Terra Santa, Nicolau decidiu viajar até à Palestina e depois ao Egipto. Durante a viagem, houve uma tempestade, que segundo a lenda, acalmou milagrosamente, quando Nicolau começou a rezar com toda a sua Fé. Foi este episódio que o transformou no padroeiro dos marinheiros e pescadores.

Quando voltou da sua viagem, decidiu que não queria viver mais em Patara e mudou-se para Mira, onde viveu na pobreza, já que tinha doado toda a sua herança aos mais pobres e desfavorecidos.

Quando anos mais tarde o bispo de Mira morreu, os anciões da cidade não conseguiam decidir quem seria o seu sucessor, já não sabendo o que fazer os anciãos decidiram pôr o problema nas mãos de Deus. Segundo a lenda, nessa mesma noite o ancião mais velho sonhou com Deus, e Este dizia-lhe que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte seria o novo bispo de Mira. Como Nicolau tinha já o hábito de se levantar cedo para ir rezar à igreja, foi o primeiro homem a entrar nela e logo foi indicado bispo.

S. Nicolau morreu a 6 de Dezembro de 342. Em meados do século VI, o santuário onde este foi sepultado transformou-se numa nascente de água. Em 1087, os seus restos mortais foram transferidos para a cidade de Bari, na Itália., que se tornou num centro de peregrinação em sua homenagem. Milhares de milagres foram creditados como cedo sua obra, atualmente S. Nicolau é um dos Santos mais populares entre os cristãos e milhares de igrejas por toda a Europa receberam o seu nome (só em Roma existem 60 igrejas com o seu nome, na Inglaterra são mais de 400).

As renas do Pai Natal

O Pai Natal tem muitas renas, que treinam todo o ano, mas na Noite de Natal usa só oito.
Chamam-se: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Blitzen e Donder.

A rena chamada Rudolph, de nariz encarnado, só apareceu em 1949 por causa de uma música de um norte-americano (Gene Autry) chamada: "Rudolph the Red-nosed Reindeer" (Rodolfo, a Rena de Nariz Vermelho).

As cartas ao Pai Natal

Cartas para santos ou de cunho religioso são uma prática existente desde a antiguidade, mas apenas a partir do século passado surgiu no mundo o ato de enviar cartas ao Pai Natal como um cunho familiar, ou seja, os pais da criança leem as cartas dela, e com a condição de serem bem comportadas durante o ano, recebem o presente como sendo de autoria do Pai Natal.

Os correios dos países escandinavos também têm programas parecidos, mas preparados para correspondências de todo o planeta, uma vez que a Lapônia é terra dada como sendo oficialmente da origem do Pai Natal. Na Finlândia inclusive, todas as cartas dirigidas a Pai Natal ou Santa Claus e com endereço Lapônia ou Pólo Norte são direcionadas para a agência em Rovaniemi (capital da província laponesa), e segundo a própria agência, o endereço correto é: Santa Claus, 96930, Círculo Polar, Finlândia. As cartas recebidas com remetente recebem uma resposta em oito idiomas diferentes.

 Por isso meninos e meninas, se querem que o Pai Natal vos responda, escrevam para:

                                            Santa Claus
                                                  96930
                                                  Círculo Polar
                                                     Finlândia


Concurso de poesias natalícias

Estamos a entrar na época natalícia!
A BE propõe um concurso de poesias.

Horário novo

O nosso horário de funcionamento mudou:
3.ª, 5.ª e 6.ª feiras - 08:30 às 11:30 e das 12:30 às 16:30
2.ª e 4.ª feiras - 14:00 às 16:30
 

Daniel Completo

A sessão com Daniel Completo foi um sucesso. Os alunos adoraram cantar os poemas da Luísa Ducla Soares ao som da guitarra e da voz simplesmente única do autor/musico Daniel Completo.
 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

S. Martinho



Trabalho de ilustração de provérbios relacionados com o S. 



Martinho/Magusto, realizado pelo 3.º A.

S. Martinho está a chegar

Segunda-feira será dia de S. Martinho, dia de saltar a fogueira e comer castanhas.
Já foste à Biblioteca Escolar buscar o teu provérbio para ilustrares?

Visita de Daniel Completo

Na próxima segunda-feira, teremos a visita do autor/musico Daniel Completo para apresentar 2 livros da Luísa Ducla Soares.

Estes livros vivem "dos poemas de Luísa Ducla Soares e dos sons de Daniel Completo. Destinado aos mais novos, procura-se também que os pais e professores o utilizem como instrumento educativo, numa abordagem pedagógica e lúdica."
 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Biblioteca Escolar - Uma porta para vida

Alguns exemplos da comemoração do mês de outubro - Biblioteca Escolar, uma porta para a vida.
trabalhos realizados pelo 1.º C

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O dia que a Biblioteca inundou...

Parece um livro de José Fanha...
Gostaríamos de agradecer ao pai da Sofia Nascimento o esforço na limpeza da Escola, depois da inundação. Foi o único pai que pegou na vassoura e ajudou a retirar a água de dentro da Escola.
O herói do dia: Sr. Ricardo Nascimento.
As fotos foram tiradas após a limpeza...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

a história do dia - "A surpresa de Handa"

A Semana da Alimentação Saudável chega ao fim mas para o ano à mais. Hoje é a vez da fruta ser a protagonista.
 
 
 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vantagens da Leitura

Vantagens da Leitura

- Mãos no ar - gritou o caçador para a lebre.
- Qual quê! Toca mas é a correr...
- Pára ou eu disparo - voltou a avisar o caçador.
Pois sim! Pernas para que vos quero...
Vai daí, o caçador disparou. Disparou, mas não acertou. Foi a sorte da lebre.
De moita em moita, rasteirinha, a lebre chegou, quase sem fôlego, à toca da família.
Pânico geral entre os parentes.
- Não posso acreditar - dizia a bisavó. - Aqui nunca houve caçadores.
- Nem o velho Hipólito os consentia, nos arredores da herdade - acrescentava a avó.
Assim em paz tinham vivido há gerações, mas o que não sabiam era que o dono da herdade já morrera. Também não sabiam que os filhos do senhor Hipólito, pouco dados à vida do campo, tinham vendido toda aquela imensidão de terra a um clube de caçadores.
- Ninguém nos avisou - protestaram as lebres.
Por sinal que tinham sido avisadas. Se as lebres soubessem ler, teriam lido no jornal da terra o anúncio da venda. Também um edital, pregado no tronco de um sobreiro, à entrada da herdade, noticiava a mudança de proprietário.
Finalmente, vários letreiros, onde estava escrito TERRENO DE CAÇA, espalhados um pouco por toda a parte, informavam que aquele território deixara de ser seguro para lebres e coelhos.
Foi a partir deste incidente que as lebres decidiram todas aprender a ler. E, já agora, mudar para um sítio mais sossegado.
 
por António Torrado

terça-feira, 15 de outubro de 2013

História do dia - A Sopa de Pedra

Na semana da Alimentação Saudável fica aqui o ingrediente secreto da "Sopa de Pedra".


José Eduardo Agualusa vence Prémio Literário Fernando Namora

O escritor angolano José Eduardo Agualusa venceu o Prémio Literário Fernando Namora, atribuído pela Estoril Sol, no valor de 15 mil euros.
José Eduardo Agualusa foi distinguido com o Prémio Literário Fernando Namora pelo romance «Teoria Geral do Esquecimento», editado em 2012, que fala de uma mulher portuguesa em Luanda, na véspera da proclamação da independência.

O júri da 16.ª edição do prémio foi presidido por Vasco Graça Moura e integrado por Guilherme D´Oliveira Martins, José Manuel Mendes, Manuel Frias Martins, Maria Carlos Gil Loureiro, Maria Alzira Seixo, Liberto Cruz, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu. A distinção foi atribuída a José Eduardo Agualusa devido à «escrita ágil e pelo «apurado estilo literário de ficção».

Membro da União dos Escritores Angolanos, o autor colabora com publicações portuguesas e angolanas e é realizador do programa «A Hora das Cigarras», sobre a cultura africana, emitido pela RDP África.
 
 
 
 
 
 
(c) PNN Portuguese News Network
14-10-2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

História do dia :O dia em que a barriga rebentou


O livro de José Fanha contada e ilustrada pelos alunos do 3.º e 4.º anos da EB de Praia de Mira.

Provérbios vs Desenho

Está oficialmente aberta a Semana da Alimentação Saudável com a proposta de ilustrares um provérbio relacionado com a alimentação. Os provérbios estão no cartaz da Biblioteca Escolar.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Semana da Alimentação Saudável

Na próxima semana, festejamos a semana da Alimentação Saudável.
 
A BE terá dominós dos alimentos, sopa de letras, palavras cruzadas e muito mais.
 

Mais uma vez, e como sempre, estamos abertos a sugestões e a atividades propostas pelos encarregados de educação.

História do dia - Minorcas e Maiorcas

Por António Torrado

Minorcas e Maiorcas
Era o mais pequeno da escola e chamavam-lhe Polegarzinho. Ele, que era Paulo de nome, não gostava. Com razão. E, sempre que podia, repontava:
- Sou Paulo, ouviram, seus idiotas?
Isto era dito com cara de poucos amigos. Na verdade, não tinha nenhum. Os mais altos e os menos altos embirravam com ele, porque se dizia que o Paulo Polegarzinho tinha mau feitio.

Claro que se fossem eles a ser alcunhados de Polegarzinho, Minorca, Meia Leca, não haviam de gostar.
Até que apareceu na escola um outro menino do tamanho do Paulo, se não mais pequeno ainda.
A professora perguntou-lhe:
- Como te chamas?
- Mindinho, minha senhora - respondeu o moço, a rir.
Toda a aula se riu com ele. Até a professora.
O Mindinho, que também se chamava Pedro, era um miúdo feliz. À sua volta, espalhava alegria. Só de olhar para ele, um pitorrinho remexido e sempre risonho, ficava uma pessoa bem- disposta. Nem se reparava se era ou não o mais curto da aula.
O Paulo Polegarzinho que, a princípio, o achava uma migalha insignificante, ainda mais baixo do que ele, começou a chegar-se ao recém-vindo, com uma invencível curiosidade, daquelas de carregar o sobrolho.
- Tu não te importas de ser Mindinho? - perguntou-lhe o Polegarzinho.
Estava à vista que não se importava. Até tirava partido.
- Sou o Mindinho - dizia ele -, mas estou a estudar para fura-bolos
. E tu, ó Polegarzinho, não queres vir a ser o Meu Vizinho?
O Paulo Polegar queria, mas acanhou-se. Ainda esteve um tempo a observar o parceiro, a avaliar-lhe os dons que o tornavam o mais popular da aula.
Acabou por alinhar no jogo. Quando um dos altarrões lhe perguntava:
- Como é que se está aí em baixo, Polegarzinho?
- Mal, muito mal - respondia ele.
- Porquê?
- Porque, aqui em baixo, sei que cheiras mal dos pés e tu, aí em cima, não dás por isso.
Com estas e outras saídas, foi desarmando os mais matulões. E, se havia bulha, fintava-os com mais ligeireza do que muitos pesos-pesados.
Mindinho e Polegarzinho cresceram, mas o pulo que o Polegarzinho deu dele para fora, esse é que foi importante.
Graças ao exemplo do Mindinho, descobriu que, a rir, conseguimos sempre saltar por cima de nós próprios.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Que Grande Par de Botas


Por António Torrado 
Que Grande Par de Botas


Era uma vez um rato que morava num sapato. Um sapato velho, um sapato sem préstimo... Não estava mal de todo. Conheço ratos que nem em chinelo moram. Nem em sandálias. 
Mas este rato que morava num sapato tinha ambições. Queria uma casa mais desafogada, mais espaçosa. Queria mudar de um sapato para uma bota. 
Bem podia procurar. Onde é que se arranja, nos tempos de hoje, uma bota livre, de preferência calafetada contra o frio e a chuva, isto é, sem buracos na sola? Uma bota é um palácio. Um sonho... 
Pôs um anúncio: ?BOTA POUCO USADA PRECISA-SE PARA HABITAÇÃO". 
E não é que conseguiu?! Um velho coronel de cavalaria vendeu-lhe as botas. Muito em conta. 
O rato só precisava de uma, mas, já que se proporcionava ficar com as duas, não quis perder a ocasião. 
Talvez lá mais para diante, leve uma para a praia. Fico com uma casa de férias e a outra na cidade", pensou ele. 
Não era mal pensado, não senhor. Mas, como estava no Inverno, adiou o projecto. Por enquanto, havia que tratar da mudança. 
Foi à casa velha buscar os cacaréus e voltou aonde tinha deixado as botas. Pois sim, as botas... Onde é que elas já iam... 
Um mendigo mal calçado, assim que as vira, ali ao desamparo, cobiçara-se delas e levara-as. Que desolação para o pobre rato. 
Correu para o sapato, mas encontrou-o já ocupado por uma ratazana antipática. Não havia discussão possível. 
Desanimado com a sua pouca sorte, o rato enfiou-se por um cano e, segundo parece, emigrou. Dizem que andou lá por fora, a trabalhar, a economizar, a roer o pão que o diabo amassou. 
Voltei a encontrá-lo, há dias, numa sapataria. Nuns saldos. Estava muito entusiasmado a comprar umas galochas luzidias, daquelas com enfeites de metal, e enormes. Número 47, vejam bem! 
Este rato sempre teve a mania das grandezas.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

História do dia: "Caracóis Portugueses"


Caracóis Portugueses
Li, há tempos, num jornal, que ia disputar-se, em Inglaterra, a primeira corrida internacional de caracóis. Fiquei todo entusiasmado e fui logo à minha horta contar a notícia aos caracóis que lá tenho. 
Eles, uns pasmados, não sabiam de nada nem queriam saber. Fiquei muito chocado: 
- Então vocês não sentem vontade de ir a Inglaterra, para ganhar a corrida e mostrar ao mundo o que valem os caracóis portugueses? 
- A Inglaterra? A pé? - quis saber um caracol caracolinho, empoleirado numa vagem de ervilha. 
Expliquei que iríamos, concorrentes e eu (o treinador, claro!), de avião. Mas eles não me ligaram. Debaixo de um rebento de alface, uma vozinha de caracol sugeriu: 
- Isso da corrida fica para o ano... 
Virei-lhe as costas, desolado. Já não queria ser treinador daquela equipa de paspalhões. 
Passados dias, voltei à horta por causa de uma salada de alface. Ia na intenção de não dar conversa aos hóspedes da hortaliça. Mas onde é que eles estavam? Tinham desaparecido. Um grilo contou-me: 
- Partiram ontem para Inglaterra. Iam que nem setas. 
- Que nem setas talvez seja exagero - comentei, tentando sorrir. 
- Sim, como setas ou até como o vento - insistiu o grilo Grilarim. - Os caracóis desta horta são uns empatas, quando se trata de tomar uma decisão, mas assim que se resolvem, parece que têm asas. Ia com eles a galinha pedrês, aquela que diz ?Eu sou a galinha pedrês, que vos salta em cima e vos faz em três". Eles, assim que a ouvem, até voam. 
E não é que ganharam a corrida?! Os dez primeiros lugares preenchidos por caracóis portugueses. Um êxito que não se imagina. 
Mas, afinal, o júri lá de Inglaterra eliminou-os e deu o trofeu da vitória a um caracol inglês, o 11º da corrida, com a desculpa de que os caracóis portugueses não tinham sido inscritos com antecedência e que levavam uma galinha atrás deles... Invejas! 
De qualquer forma, reconhecidos internacionalmente ou não, foram os dez caracóis da minha horta os verdadeiros, os únicos vencedores. 
Bendita couve portuguesa que têm comido!


Por António Torrado 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

HISTÓRIA DO DIA

O figo mais doce

  O Senhor Bibot, o dentista, era uma pessoa muito meticulosa, que mantinha os seus pequeno apartamento e consultório sempre arrumados e limpos. Se o cão, Marcel, subisse para os móveis, Bibot logo tratava de lhe dar uma lição. O pobre animal nem sequer tinha permissão para ladrar, excepto no Dia da Bastilha, a festa nacional francesa.

   Uma manhã, quando o dentista chegou ao consultório, esperava-o uma velhinha. Estava cheia de dores de dentes e pediu-lhe encarecidamente que a atendesse.

   — Mas não tem consulta marcada! — objectou ele.

   A senhora soltou um gemido. Bibot olhou para o relógio e pensou que talvez ainda tivesse tempo para ganhar uns euros extra. Mandou-a entrar e observou-lhe a boca.

   — Preciso de extrair o dente — disse, com um sorriso. 

   Findo o trabalho, acrescentou: 

   — Vou dar-lhe uns comprimidos para as dores.

   A velhinha ficou muito grata e disse:

   — Não posso pagar-lhe em dinheiro, mas tenho algo muito melhor para lhe dar.

   E retirou dois figos do bolso, que ofereceu a Bibot.

   — O quê, figos? — perguntou ele, zangado.

   — Estes figos são especiais — sussurrou a mulher. — Podem fazer com que os seus sonhos se realizem. 

   Piscou-lhe o olho e levou um dedo aos lábios.

   Bibot ficou convencido de que a mulher era doida. Contudo, pousou os figos na mesa e, pegando-lhe pelo braço, encaminhou-a para a porta. Quando ela lhe lembrou os comprimidos, o dentista respondeu: 

   — Lamento, mas são só para os clientes que pagam.

   Depois, quase a empurrou porta fora.

   Nessa mesma tarde, Bibot levou o cão ao parque. O pobre Marcel gostava de farejar os troncos das árvores e os arbustos, mas, de cada vez que tentava fazê-lo, Bibot dava um forte esticão à trela.

   Nessa noite, antes de ir deitar-se, o dentista teve vontade de comer qualquer coisa. Sentou-se na sala de jantar e comeu um dos figos que a velhinha lhe dera. Era delicioso. Talvez o melhor e mais doce figo que alguma vez comera. 

   Na manhã seguinte, Bibot arrastou Marcel pelas escadas abaixo para o seu passeio matinal. Os degraus eram altos de mais para as patas curtas do cão, mas Bibot nunca levaria ao colo o seu animal de estimação: detestava que o seu belo fato azul se enchesse de pêlos brancos. 

   Enquanto caminhava pelo passeio, Bibot reparou que as pessoas olhavam para ele. 

   "Estão a admirar o meu fato", pensou.

   Porém, ao ver-se reflectido na montra de um café, parou, horrorizado, porque ia apenas vestido com a roupa interior.

   O dentista deu meia volta e meteu-se por um beco.

   "Meu Deus! O que aconteceu à minha roupa?"

   Foi então que se lembrou do sonho que tivera nessa noite: sonhara que estava precisamente diante daquele mesmo café, em roupa interior. 

   Como, no sonho, acontecera algo mais, o homem esforçou-se por recordar o que teria sido. De repente, Marcel começou a ladrar. O dentista levantou o olhar e viu o resto do sonho tornar-se realidade.

   Desta vez, ninguém reparou em Bibot, enquanto este corria para casa em roupa interior, porque todos os olhos de Paris estavam fixos na Torre Eiffel, que lentamente se ia inclinando para o chão, como se fosse feita de borracha.

   Bibot compreendeu que a velhinha dos figos lhe dissera a verdade. Nesse caso, não iria desperdiçar o segundo figo.

   Durante as semanas seguintes, enquanto decorriam as obras de reconstrução da Torre Eiffel, o dentista leu dezenas de livros sobre hipnotismo. Todas as noites, antes de ir para a cama, fixava o olhar no espelho e repetia muitas vezes:

   — Bibot é o homem mais rico do mundo, Bibot é o homem mais rico do mundo.

   Os sonhos de Bibot começaram, em breve, a mostrar-lhe isso mesmo. Via-se a conduzir um barco de corrida, a pilotar um avião e a viver luxuosamente na Riviera francesa. Os sonhos de Bibot eram sempre iguais. 

   Uma noite, tirou o segundo figo do armário, já que o fruto não poderia durar para sempre.

   "Esta noite é que vai ser!" pensou o dentista.

   Pôs o figo maduro num prato e levou-o para a mesa. Quando acordasse no dia seguinte, seria o homem mais rico do mundo. 

   Olhou para Marcel e sorriu. O cãozinho não partilharia dessa boa vida, pois, em sonhos, Bibot era antes dono de meia dúzia de dálmatas.

   Quando abriu o armário para tirar uma fatia de queijo, o dentista ouviu um barulho de loiça a partir-se. Voltou-se e viu Marcel em cima duma cadeira, com as patas dianteiras apoiadas na mesa. O cão comera o último figo!

   O dentista ficou fora de si. Correu atrás do cão por toda a casa e, quando Marcel se escondeu debaixo da cama, Bibot gritou-lhe:

   — Amanhã vou-te dar uma lição que nunca vais esquecer! 

   Depois, enfurecido e destroçado, foi dormir.

   Ao acordar, na manhã seguinte, Bibot sentiu-se confuso. Em vez de estar deitado na cama, estava debaixo da cama. De repente, um rosto surgiu diante de si. Era a sua própria cara!

   — Está na hora do teu passeio — disse a boca desse rosto. — Anda ao Marcel!

   Então, uma mão deslizou por debaixo da cama e agarrou-o. Bibot ainda quis gritar, mas apenas conseguiu ladrar…

Chris van Allsburg
The sweetest fig
Boston, Houghton Mifflin Company, 1993
(Tradução e adaptação)